terça-feira

Walmir Ayala: O AGONIZANTE

Um homem, colado à insônia do seu grito,
atinge a noite,
a dúbia noite da morte.


Sob o lenço, que rosto
agora abstrato
empedra o lábio antes banhado
no azeite do gemido.


Crivava a noite, o homem,
de um brado escuro
e denunciador.
Agora,
sereno e imbatível, só nas lágrimas
do filho é que ainda punge.